segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Sendo até não ser.

Eu penso sobre a felicidade,
eu penso sobre a velha felicidade.
Ou nova felicidade,
imútavel, insconstante, intransigente, verdadeira, perene, escondida felicidade. 

Olho em volta, para todas essas pessoas daqui 
e me parece que para elas a felicidade não existe. 
Não como algo que elas não possuem, 
mas como algo que nunca chegou a existir. 
Como uma palavra inexistente no dicionário delas. 
Algo que não podem ter, porque não se vende no mercado. 
Um não ter. 
Não ser. 
Feliz. 
Palavra pequena de 5 letras, mas o quão esmagadora você pode ser! 
Na sua existência ou na sua ausência, que embobece ou enlouquece, respectivamente. 

Eu, que  só sou feliz em interstícios, fico a pensar em você e a sorrir. 
Como existem pessoas ricas e tristes, 
pobres e felizes, 
doentes felizes, 
saudáveis-infelizes. 
Existe alguma lógica então? Algo em que eu possa me orientar? 
Não sei, é a resposta. 
É sempre a minha resposta. 
Porque eu nunca sei...até saber. 
Ao contrário do saber, eu sou feliz até de repente... não ser mais. 
E não ha lógica nenhuma que eu possa explicar à alguém que tenta me fazer feliz. 
Apenas respondo: "Não sei porque estou triste." E não sei mesmo. 
Acho de verdade que a tristeza é uma doença. E que a felicidade é um placebo. 
A doença perdura. 
A cura é sempre transitória.
Não é real, mas serve, não cura, mas distrai. 
E quem há de reclamar de um placebo? 
Contanto que cure a dor ainda que não a doença, serve. 

A gente vai levando como pode. Efeitos Colaterais? 
Podem acontecer, mas vale o risco. 
Eu que sou maluca demais me encho de placebo até a tampa, e depois choro ou durmo. 
Quem ha de ligar? 
Se a tristeza é só minha, a felicidade também. E não permito que se intrometam em nenhuma delas. 

Como o estranho camaleão, me transformo quando é preciso, não ha explicação para tal. 
Aliais, porque sempre me pedem para explicar?
 Eu não sei onde doí, e nem sei porque doí. Também não sei porque rio à toa, vendo o Sol nascer, ou vendo meninos de rua tocando flauta em frente a drogaria. 
EU NÃO-SEI. 
A minha felicidade é placebo. 
Eu mesma sou um placebo.
 Remédio, eu sou apenas para mim mesma. 

por Ariana

28/07/2012

Um comentário:

.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...