quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Charles Bukowski

"Minha ambição é consumida pela preguiça."

"Quando você bebia, o mundo continuava lá fora, mas por um momento era como se ele não o trouxesse preso pela garganta." Factótum, pág. 55

"As pessoas não precisam de amor. Precisam é de sucesso, de uma forma ou de outra. Pode ser que seja no amor, mas não necessariamente." Factótum, pág. 101.

"Que tempos penosos foram aqueles anos - ter o desejo e a necessidade de viver, mas não a habilidade." Misto Quente, pág. 237

"Sempre havia a máquina para me acalmar, conversar comigo, me entreter, salvar meu rabo. Basicamente, era por isso que eu escrevia: para salvar meu rabo, salvar meu rabo do asilo de doidos, das ruas, de mim mesmo." Hollywood, pág. 87

"Como, diabos, pode um homem gostar de ser acordado às 6h30 da manhã por um despertador, sair da cama, vestir-se, alimentar-se à força, cagar, mijar, escovar os dentes e os cabelos, enfrentar o tráfego para chegar a um lugar onde essencialmente o que fará é encher de dinheiro o bolso de outro sujeito e ainda por cima ser obrigado a mostrar gratidão por receber essa oportunidade?" Factótum, pág.107

"Não havia qualquer sentido na vida, na estrutura das coisas. D. H. Lawrence soubera disso. Você precisava de amor, mas não o tipo de amor que a maioria das pessoas costumava dar e no qual se consumiam." Misto Quente, pág. 184

"Mas a espera entre as corridas era um verdadeiro horror: ali sentado com uma humanidade murmurante, tateante, que jamais iria aprender ou melhorar, só piorar com o tempo." Hollywood, pág181

"Aqueles que estavam no comando sempre preferiam sobrecarregar uns poucos homens de modo contínuo a contratar mais pessoas para que todos pudessem trabalhar um pouco menos. Você dava a seu chefe oito horas, e ele sempre pedia mais. ele nunca lhe mandava para casa depois de seis horas, por exemplo. Isso daria tempo a você para que pensasse." Factótum, pág. 47

"O que se deve fazer, com o pobre e o dinheiro, é nunca deixar que os dois fiquem muito próximos um do outro." Misto Quente, pág. 278

" _ Toda vez que o vejo, você está com um copo na mão. Você chama isso de se preservar? _ É a melhor maneira que conheço. Sem bebida eu já teria cortado minha maldita garganta." Misto Quente, pág. 286


"O que homens e mulheres se faziam uns aos outros estava além da compreensão."

"O amor é uma espécie de preconceito. A gente ama o que precisa, ama o que faz sentir bem, ama o que é conveniente. Como pode dizer que ama uma pessoa quando há dez mil outras no mundo que você amaria mais se conhecesse? Mas a gente nunca conhece."

"É este o problema com a bebida, pensei, enquanto me servia dum copo. Se acontece algo de mau, bebe-se para esquecer; se acontece algo de bom,bebe-se para celebrar, e se nada acontece, bebe-se para que aconteça qualquer coisa."

"Eu estava longe de ser uma pessoa interessante. Não queria ser uma pessoa interessante, dava muito trabalho. Eu queria mesmo um espaço sossegado, e obscuro pra viver a minha solidão; por outro lado, de porre, eu abria o berreiro, pirava, queria tudo, e não conseguia nada."

"O mundo me roubou muitas horas e anos com suas ocupações chatas e rotineiras"

"Não se pode evitar. Mas tenho vontade de me dar um chute na bunda quando vou a festas, mesmo que a bebida seja de graça. Nunca funciona comigo. Já tenho argila suficiente para brincar. As pessoas me esvaziam. Preciso sair para me reabastecer. Sou o que é melhor para mim, sentado aqui atirado, fumando um baseadinho e vendo as palavras brilharem na tela. Raramente encontro uma pessoa rara ou interessante. É mais que pertubador, é um choque constante. Está me tornando um maldito mal-humorado. Qualquer um pode ser um maldito mal-humorado, e a maioria é."

"Há alguma coisa em mim que não consigo controlar. Nunca dirijo meu carro por cima de uma ponte sem pensar em suicídio. Quero dizer, não fico pensando nisso. Mas passa pela minha cabeça: SUICÍDIO. Como uma luz que pisca. No escuro. Alguma coisa que faz você continuar. Saca? De outra forma, seria apenas loucura. E não é engraçado, colega. E cada vez que escrevo um bom poema, é mais uma muleta que me fazer seguir em frente." 

"Por que há tão poucas pessoas interessantes? Em milhões, por que não há algumas? Devemos continuar a viver com esta espécie insípida e tediosa (...) O problema é que tenho que continuar a me relacionar com eles. Isto é, se eu quiser que as luzes continuem acesas, se eu quiser consertar esse computador, se eu quiser dar a descarga na privada, comprar um pneu novo, arrancar um dente ou abrir a minha barriga, tenho que continuar a me relacionar. Preciso dos desgraçados para as menores necessidades, mesmo que eles mesmos me causem horror. E horror é uma gentileza."













Nenhum comentário:

Postar um comentário

.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...